William Mendonça
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Meu Diário
26/12/2008 17h00
O DIA Q

O meu amigo Ricardo Mann, que já possou por esta experiência, o chamou de "Dia Q", o dia em que a gente completa 40 anos de vida.

26 de dezembro de 2008 é o meu "Dia Q" - e estou aqui tentando publicar alguma coisa no blog como se nada na vida tivesse mudado nesta data, o que, com certeza, não é verdade. Mudam as perspectivas, porque a noção de tempo ganhou mais urgência. Não que eu me sinta no fim da vida mas, é fato, me sinto pelo menos "no meio" da vida.

Para comemorar, a família reunida, pois para mim isso é o que mais importa. Os amigos, até pela data espremida no meio das festas de fim de ano, nem sempre podem estar presentes, mas mandam lembranças, mensagens na internet, etc. Isso também importa muito.

O resto, como diria o imortal Hamlet, de Shakespeare, é silêncio - por mais barulho que faça. A vida tenta nos envolver num turbilhão de coisas desimportantes para nos desviar do que vale a pena. Procuro sempre fugir dessa armadilha, mas confesso que nos últimos dias o estresse tomou conta. Que bom que estresse é coisa que dá e passa.

Agradeço aqui as mensagens dos amigos da internet, a turma do orkut, os leitores do site, quem pintar por aqui, enfim. Um abraço a todos e felicidades!

Publicado por William Mendonça
em 26/12/2008 às 17h00
 
21/10/2008 21h30
UM "HINO" PARA OS CORRUPTOS

Não se trata exatamente de uma homenagem ... É, acima de tudo, um protesto contra a corja dos ladrões do "colarinho branco", contra os políticos sem vergonha na cara que usam o dinheiro público e contratam aquele monte de parentes, contra os corruptos em geral.
O "Samba do Corrupto" é um samba de breque, no melhor estilo do saudoso Moreira da Silva, que compus para a Rádio Nojenta & Oito e agora chega aqui aos site. É interessante que, mesmo 20 anos depois de ter sido composto (e gravado) o samba permanece absolutamente atual.
Os corruptos continuam por aí - roubam na maior cara de pau e ainda soltam a famosa frase "sabe com quem está falando?". Há, também, os pequenos corruptos, os ditos cidadãos comuns que vivem querendo levar vantagem, sem se preocupar com a tristeza e as dificuldades que podem causar ao próximo.
A todos esses - corruptos do meu Brasil e, por que não dizer, do mundo também - é que dedico o "Samba do corrupto". E, para todos nós que somos vítimas desses personagens, fica aqui como um desabafo.

Ouça:
SAMBA DO CORRUPTO

Publicado por William Mendonça
em 21/10/2008 às 21h30
 
12/09/2008 12h00
ANIVERSÁRIO DO SITE COM NOVIDADES
Pois é, o site www.williammendonca.com está completando hoje mais um aniversário, com algumas novidades. O resultado desses dois anos de existência superou minhas expectativas e a praticidade deste veículo se mostrou muito maior do que eu supunha.
Consegui trazer para as páginas virtuais muita coisa do que produzi em vinte e poucos anos de vida artística e vinte de jornalismo. As poucas coisas que ainda faltavam - a experiência no humor radiofônico da Rádio Nojenta & Oito e minha veia de biógrafo já estão por aqui. 
A Rádio Nojenta & Oito, aliás, merece um capítulo à parte - recebeu muitos acessos e cometários, superando áudios que publiquei aqui há mais de um ano.
As biografias fazem parte de dois projetos. A idéia era fazer um site só com elas, ou publicar em livro, mas como há muitos sites falando sobre pessoas por aí, resolvi incluí-las neste meu espaço, para compartilhar com os leitores que pintam por aqui. "Histórias de Poetas" é uma coleção de 50 perfis de poetas, abordando fatos inusitados de suas biografias (a vocação revolucionárias de Byron, por exemplo). Foi publicada parcialmente no jornal A VOZ DE MARAMBAIA, que contava com uma página dedicada à poesia.
"Gente de Teatro" surgiu da minha experiência como oficineiro de teatro. Nas oficinas, é valorizada a parte prática do teatro, exercícios, improvisações, etc. Decidi passar a parte teórica através da biografia dos grandes nomes, de Sófocles a Stanislavski , de Shakespeare a Peter Brook.
Vou publicando essas, e outras coletâneas de biografias, no site ao longo deste ano.

A você , amigo leitor, o meu muito obrigado!
Publicado por William Mendonça
em 12/09/2008 às 12h00
 
08/09/2008 12h00
BALAIO GERAL (08/09/2008)

GRANDES PERDAS
A música, o teatro, o jornalismo e a literatura brasileira estão sofrendo grandes perdas nos últimos meses. Recentemente, foram-se Dorival Caymmi, o cantor Waldick Soriano, o ator Fernando Torres, os jornalistas Fausto Wolf e Fernando Barbosa Lima, e o escritor Alphonsus dos Guimarães. Sabe-se que a morte é o fato inevitável da vida, mas a perda de grandes nomes da arte e da cultura é um peso para uma sociedade tão carente de bons exemplos como a brasileira. Quando se vai um Caymmi, quem poderá substituí-lo?

GIL E A CULTURA
A saída de Gilberto Gil do Ministério da Cultura deveria ter acontecido muito antes, quando ele pediu para sair pela primeira vez, na mudança para o segundo mandato do presidente Lula. Gil trouxe popularidade ao Ministério, deu certa confiabilidade ao setor, mas passou por problemas para administrar sua carreira (a ponto de ter problemas sérios com a voz por, pasmem, discursar demais). No entanto, jornalistas reclamam que o ministro era inacessível para entrevistas. Foi uma boa passagem, afinal Gil é um músico com alma política, um ativista e, portanto, tinha plena condições de tocar um projeto dessa magnitude. Mas nos dois últimos anos, Gil estava claramente pedindo pra sair.

UMA GRANDE CRONISTA
A atriz Fernanda Torres é surpreendente. Desde seu sucesso inicial, com o filme “Eu sei que vou te amar”, nos idos dos anos 80, até os dias de hoje, ela passou de filha de Fernanda Montenegro e Fernando Torres a uma das atrizes mais brilhantes de sua geração. O talento humorístico, comprovado por vários papéis, como a Vani de “Os Normais”, é incrível. A peça “A casa dos Budas ditosos”, sobre texto de João Ubaldo Ribeiro, também é um sucesso há muito tempo. Para completar, Fernanda está batendo um bolão como cronista da Veja Rio. Com sensibilidade e um texto gostoso de ler, ela aborda aqueles temas cariocas com um olhar divertido.

RENATO DE VOLTA
“Renato Russo, a peça”, um dos maiores sucessos do teatro nos últimos tempos, que aborda a vida do cantor e compositor, líder da Legião Urbana, está de volta ao Rio, no Teatro João Caetano. No papel, a verdadeira reencarnação de Renato, o ator Bruce Gomlevsky, com direção de Mauro Mendonça Filho e participação do grupo Arte Profana, que acompanha o cantor nas músicas da Legião. A peça aborda a vida de Renato desde os 15 anos até sua morte, em 1996, e já foi assistida por mais de cem mil pessoas, em 26 cidades do país.

CINEMÃO
De repente, me dei conta de que não vou ao cinema faz tempo. Motivos não faltam: as cidades próximas (Tanguá, Itaboraí e Rio Bonito) não têm cinema; os filmes estão saindo cada vez mais cedo em DVD; o preço das entradas é muito caro, para muitas vezes assistir coisas pouco interessantes. Mas neste mês, quem sabe, vá ver o talento brasileiro nas telonas. “Os desafinados”, de Walter Lima Jr., com a produção do mestre Flavio Tambellini, é um momento imperdível. “Linha de Passe”, que rendeu o prêmio de melhor atriz em Cannes para Sandra Corveloni, também. E o imperdível “Ensaio Sobre a Cegueira”, de Fernando Meirelles, que estréia dia 12, é a transposição para o cinema de um livro do português José Saramago, com Juliane Moore.

COMO SOFRE
O pobre Julio Verne, escritor francês pioneiro na ficção científica, autor de alguns dos maiores clássicos do gênero, deve viver (?!?) se revirando no túmulo. Como sua obra já está em domínio público, várias de suas histórias servem de argumento para filmes ridículos, que alteram nomes, situações, personagens, época, etc, para fazer um show de efeitos especiais. O grande inovador de seu tempo, que sempre escreveu com bom humor, mas não acharia nada engraçado filmes como “Viagem ao Centro da Terra”, mais uma adaptação de um dos romances mais famosos do francês. Os efeitos especiais, pra variar, salvam o filme, que foge do naufrágio graças também ao carismático Brendan Fraser (de “A Múmia”).
 
BICENTENÁRIO
Importante a homenagem da XV Feira do Livro de Itaboraí ao primeiro grande nome do teatro brasileiro, João Caetano dos Santos, o ator mais renomado do século XIX, que completaria seu bicentenário neste ano. Talvez por nomes como Guimarães Rosa e Machado de Assis estejam dominando as rodas culturais, sendo festejados, e pela passagem de outras datas importantes, como o bicentenário da chegada da Família Real ao Brasil, João Caetano não mereceu grandes homenagens por aí. Nem aquela lembrança no dia 27 de janeiro, nas páginas de algum grande jornal, nem um filme ou uma peça de teatro contando a sua vida – ele foi um verdadeiro pop-star da época, um empresário do teatro, um lutador pela classe artística brasileira. Itaboraí, pelo menos, continua reverenciando a memória deste filho ilustre, que dá nome ao teatro da cidade.

A INTERMINÁVEL MADONNA
Como apenas dez anos mais novo que ela, pude acompanhar desde o início a carreira da cantora Madonna, um fenômeno interminável da música pop. A camaleoa que se reconstrói de tempos em tempos, gerando moda, saindo na frente dos outros na hora de inovar e chocar, completou 50 anos em plena forma, fazendo sucesso e mostrando a habitual competência. Música e show para ela são business, não diversão. A noticia de que ela fará não apenas uma, mas duas apresentações no Rio, mesmo depois de ter evitado a cidade em uma turnê anterior por medo da violência, é prova de que a cidade voltou definitivamente ao circuito internacional. Madonna não é uma artista em fim de carreira (como os Scorpions ou o vocalista do Supertramp, que estiveram aqui também recentemente): é uma estrela pop no auge há mais de 20 anos. 

(Coluna publicada no jornal O ALERTA, de Itaboraí)

Publicado por William Mendonça
em 08/09/2008 às 12h00
 
23/08/2008 23h59
RÁDIO NOJENTA & OITO NO AR

   A RÁDIO NOJENTA & OITO surgiu no início de 1988, talvez como um veículo para um grupo de amigos exercitar a criatividade, talvez por influência do humor besteirol, que ganhava espaço, ou, quem sabe, por absoluta falta do que fazer mesmo.
   Os artífices dessa bagunça sonora, que rendeu cinco programas, mais o impagável “link” entre a Nojenta & Oito e a Rádio Além Paraíba, foram Ricardo Mann – que além de tudo, ainda cedia a casa, o equipamento, os discos, e tudo mais, para o nosso trabalho – Márcio Peixoto e William Mendonça. O nome, claro, é uma "homenagem" à Rádio 98 do Rio de Janeiro, uma FM popular e, até por isso mesmo, cheia dos clichês que a gente queria satirizar.
   Como este evento completa 20 anos, e seus autores estão chegando aos 40 anos (o Ricardo primeiro – he, he, he! – neste 23 de agosto), resolvi incluir alguns quadros aqui no site. Como todo humor besteirol, não há nada politicamente correto por aqui. Em breve, outros quadros virão e, espero que ainda no mês de setembro, quando este site completa seu segundo aniversário, apresentar em e-book o texto de RÁDIO NOJENTA & OITO – A PEÇA.
   A idéia de levar a Rádio Nojenta & Oito para o teatro não é nova. Em meados da década de 90, cheguei a esboçar alguma coisa, mas nada de concreto. O problema é que o humor besteirol – muito ligado às vidas dos amigos e aos fatos da época – caducava com o tempo. Não dá para escrever uma comédia shakespeariana, deve ser quase um show de humor, com piadas que possam ser renovadas, esquetes, etc. O projeto foi sendo adiado várias vezes, até que chegasse à fórmula da transposição do texto para rádio (com sua necessária renovação) para o teatro.
   Tenham a certeza: nunca foi tão engraçado fazer uma comédia! Espero que vocês se divirtam como nós.

Publicado por William Mendonça
em 23/08/2008 às 23h59
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