Ontem tive a alegria de ser o mestre de cerimônias do casamento de Ricardo Mann, meu amigo de longa data e parceiro na música, com sua amada Michele Michel. A cerimônia "rock ´n roll" aconteceu no Bar do Turco, em Santa Rosa, Niterói - o local mais inusitado possível para um casamento. Numa varanda pequena e cheia de coisas penduradas, paredes rabiscadas com poemas e frases de outros tempos, todos quase abraçados à banda Mustang 65 no que não se podia chamar de palco, nunca vi tanta felicidade junta. Bons amigos que não via há muito tempo, muitos amigos e familiares de Ricardo e Michele que eu ainda não conhecia, minha família, enfim, muita gente reunida por conta do amor transcendente de duas pessoas - uma felicidade compartilhada, que vai para a casa com a gente, depois de tanta festa. O mais inusitado para mim, com certeza, foi o fato de conduzir a cerimônia, escolhido pelos noivos por questões de amizade e consideração, já que a cerimônia nada teve de religiosa. Rever gente como Margarida Moutinho, Guilherme "Cabelo", Celso Ramos, Maurício Vasconcelos, o pessoal da banda Mustang 65 capitaneado por Caio Mattos, o ótimo cantor Marcelo Pesper, que fez uma participação especial - o casamento de Ricardo e Michele foi, de fato, um momento muito especial. Por isso, gostaria de deixar aqui os meus parabéns e a certeza de que eu sou pé quente.
Como diria meu saudoso amigo Mário Pitanga, este "meu diário" aqui no site está mais para "semanário mensal que sai uma vez por ano". A piada era feita sobre os jornais do interior que, devido a falta de patrocinadores, de profissionais ou por perseguições políticas, ficavam com a circulação irregular.
Desde fevereiro não escrevo nada por aqui, não que não tenha acontecido nada de relevante, mas porque fiquei atolado com outros afazeres.
Entre os fatos relevantes, muitos deles bem tristes, que ocorreram nesse tempo, vale lembrar, especialmente, o falecimento do ex-vereador de Itaboraí e Tanguá Aurino Lima, em fevereiro, e o falecimento, pouco tempo depois, do jornalista Mário Pitanga, ex-diretor dos jornais O ALERTA (o primeiro a ser sediado em Tanguá, ainda nos tempos da Usina, e depois transferido para Itaboraí) e REAÇÃO.
O interessante é que minha história como jornalista cruzou com essas duas figuras. Mário Pitanga, como cito no texto "Mais um amigo que se vai", foi um dos grandes mestres que tive na profissão. Através de sua influência, transferi minha vida profissional para Itaboraí, em 1990. Trabalhei com ele e tive a honra de ser seu amigo até os últimos dias.
Já com Aurino tive uma insólita parceria jornalística em fins dos anos 90, com o jornal ALTERNATIVO - criado por ele, que mesclava um senso de humor ferino e a crítica política sobre a cidade de Tanguá, recém-emancipada. Pode-se dizer que era um jornal "violento", que denunciava sem medo. Bem ao estilo de Aurino no plenário. O filho da cidade de Cortês, em Pernambuco, acabou fazendo uma carreira política marcante em Itaboraí e Tanguá, participou ativamente dos dois processos de emancipação de Tanguá e deixou saudades.
Figuras polêmicas, sem dúvida, mas só os polêmicos mudam o mundo.
Para começar 2012 com o pé direito, o site www.williammendonca.com.br publica o seu décimo e-book, para download gratuito: 14 VERSOS, o segundo livro de sonetos de William Mendonça, "uma coletânea de sonetos absolutamente emocional - feita pelo autor com base no carinho que sente por cada soneto, não pelo apuro técnico ou atualidade." O próprio autor destaca que fazem parte da coletânea "sonetos imperfeitos da primeira hora, decassílabos de gaita galega, sonetos à moda inglesa, sonetos experimentais ..."
O livro do mês de outubro, o mês das crianças, no site www.williammendonca.com é A peça infantil NA HORA DE DORMIR. É um texto escrito há mais de dez anos, e surgiu da observação dos filhos do autor, que sempre conversaram e contaram histórias mirabolantes, retardando a chegada do sono na hora de dormir. Os fatos do dia-adia,
os filmes que viam, um livro, uma música, tudo era motivo para mais uma animada conversa entre as crianças.
William Mendonça, com a peça, quis dar a dois atores a experiência de viver novamente a infância - duas crianças, com um baú cheio de coisas legais, encenando e vivendo
as histórias que contam, enquanto divertem o público. Para cada ator, vários personagens, a partir das crianças Bóris e Tatiana. A escolha das cenas não foi aleatória - Peter Pan, clássico de J. M. Barrie, levado ao cinema várias vezes, é um texto sobre o fim da infância, assim como Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e Copélia é uma história imortalizada pelo balé.
O download de NA HORA DE DORMIR é gratuito e o autor permite a reprodução da peça, desde que citada a fonte e preservada a autoria. Para os interessados em encenar o texto, pede-se o contato pelo e-mail will_mendonca@yahoo.com.br.
Depois de uma semana de problemas com o acesso à internet - digamos que a chegada da Velox à minha casa está sendo meio traumática - uso a velha internet discada para publicar o e-book do mês de setembro.
A peça teatral "DR. TEMPESTADE" é uma comédia que mistura humor negro com ficção científica e faz uma homenagem a Júlio Verne, com a figura de um cientista louco que inventa uma máquina do clima para obrigar o mundo a chegar à paz. Quem leu a obra do mestre francês, pioneiro da ficção científica, vai reconhecer as influências.
A peça é baseada em um conto, também chamado Dr. Tempestade, que está sendo publicado ao mesmo tempo no site. Vale lembrar que o download deste e de outros livros é inteiramente gratuito e que a peça ainda está inédita. Contatos para possíveis montagens podem ser feitos diretamente pelo site.