William Mendonça
POESIA, PROSA, MÚSICA E TEATRO
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Meu Diário
18/04/2025 12h10
UM NOVO OLHAR SOBRE OS SONETOS

Abril trouxe mais uma oportunidade imperdível que, certamente, a Poesia me trouxe: duas horas por semana para conversar com o mestre Zé Salvador, cordelista e sonetista muito técnico, produtivo e inspirado, sobre essa paixão comum que é o Soneto. Depois de ter obtido uma grande repercussão com a Oficina de Cordel em 2024 -  que está com sua segunda turma em andamento no momento - Zé Salvador ofereceu à Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, a realização gratuita de uma Oficina de Soneto, para ensinar os fundamentos dessa forma poética que trafega por quase 800 anos na literatura mundial.

Eu, que escrevo sonetos há exatos quarenta anos, e que tive de aprender os fundamentos lendo manuais de versificação e conversando com os poetas mais velhos, que passavam dicas talvez por pena do meu esforço nem sempre recompensado com bons textos, vejo que uma oficina como esta é valiosa para um poeta, mesmo aquele que nunca pensou em escrever um soneto. E valiosa para quem lê poesia.

Como escrevo sonetos há tanto tempo, certamente não estou na oficina para aprender a escrevê-los. Estou para trocar experiências e exercitar, especialmente, outros metros que negligenciei ao longo dos anos em favor dos meus amados decassílabos. Os alexandrinos que escrevi conto-os nos dedos. Os sonetos em Arte Maior, com suas impenetráveis onze sílabas, sempre me causaram estranheza - com eles, não me sentia à vontade e, por isso, fiz alguns como exercício e só.

Hoje, depois do papo na primeira aula e de ser presenteado por Zé Salvador com o livro No Galope da Poesia, publicado pela Academia de Cordel de Santa Catarina, apenas com sonetos em Arte Maior, em que meu mestre-oficineiro escreve uma introdução sobre a história do soneto e publica, também, um de seus belos sonetos, me reconciliei com os endecassílabos e já escrevi três sonetos que vou publicar por aqui. O primeiro, VELEIRO, já está no site.

Percebo que toda a minha história com essa forma poética é uma viagem que está longe de terminar. Certamente, escreverei sonetos até meu último dia, se a saúde me permitir. E quanto mais souber sobre eles, quantas mais variações eu puder exercitar e produzir, melhor.

 

VELEIRO

MERGULHO

DIA NUBLADO

Publicado por William Mendonça
em 18/04/2025 às 12h10