No último mês, graças à boa vontade e ao trabalho incansável do pesquisador, professor doutor Gilciano Menezes Costa, de Itaboraí, e aos herdeiros do legado jornalístico de O ITABORAHYENSE, eu pude tomar contato de novo com parte importante da minha carreira jornalística. Trabalhei por pouco mais de quatro anos naquele jornal, de 1993 a 1997, exatamente no período em que ele completou 100 anos de existência.
Fundado em 19 de janeiro de 1895, por Hermeto Luiz da Costa, e mantido em circulação por seu filho, Hermeto Junior, e pelo neto Heitor Costa, foi o único jornal brasileiro a chegar ao centenário nas mãos da família dos fundadores. Hoje, o acervo histórico encontra-se com os filhos de Heitor Costa e, certamente, passará às gerações futuras, como importante registro da história da cidade de Itaboraí e região.
O professor Gilciano fez um incrível trabalho de digitalização de toda a coleção de jornais de O ITABORAHYENSE. Com autorização de Heimar Costa, que era diretor do jornal no período em que trabalhei, me foi disponibilizada a coleção dos anos em que atuei naquele periódico, já na época histórico. Entrei em fevereiro de 1993, a convite de Simão Miguel Neto, diretor executivo do jornal, a mente por trás da renovação editorial de uma publicação à beira do centenário.
Entre as muitas vitórias que tivemos, vale destacar o período em que o jornal circulou como diário - o primeiro a alcançar esse feito na cidade. Fui também diretor de suplementos, criando o projeto gráfico e editorial dos cadernos de cultura (chamado CULT) e feminino (o DELAS). Olhar novamente esse material, localizando textos que produzi na época, assim como os cadernos de que me orgulho muito, é uma alegria para alguém que está prestes a completar 35 anos de profissão. Também tive a honra de entrevistar Heitor Costa para a edição do centenário do jornal - até onde se sabe, a última entrevista desse que foi um dos maiores nomes da imprensa no Estado do Rio de Janeiro.
Quando trabalhei em O ITABORAHYENSE ainda era um jovem jornalista. Tinha apenas 24 anos quando entrei, e menos de 30 quando saí. Mas são lembranças emocionantes e importantes, que serão preservadas graças ao trabalho de um historiador incansável e de uma família que tem plena consciência da importância do legado de seus ancestrais. A eles, meus sinceros agradecimentos.
Pretendo publicar aqui no site alguns dos textos que encontrei por lá, como a crônica "Pedro: o astrólogo", alguns artigos e perfis biográficos de artistas da cidade. Estou abrindo essa fabulosa cápsula do tempo, maravilhado com o passado que ajudei a construir.
Uma cápsula do tempo com
ídolos que marcaram gerações
Para completar esse mês de novidades no site, com a publicação diária de novos perfis biográficos, apresento os primeiros cinco textos da série LENDAS DO ROCK. Entre todas as séries de biografias que estão sendo produzidas e disponibilizadas aqui, esta é a única que me liga à origem do então futuro jornalista, na época estudante do ensino médio e fã de rock.
Explica-se: em 1985, aos 16 anos, antes mesmo de tornar consciente o desejo de cursar jornalismo, criei alguns álbuns com fotos e pequenos textos críticos sobre artistas e bandas de rock. As fotos vinham de revistas buscadas com avidez nas bancas. As informações (nem sempre corretas, diga-se de passagem) vinham de conversas com os amigos, audição de discos e do rádio, especialmente da Rádio Fluminense FM, a Maldita.
Enquanto no primeiro desses álbuns ainda se vê um tom de humor e há, inclusive, desenhos e entrevistas com a banda fictícia The Ments, personagens que criei para homenagear alguns grandes amigos, no segundo o tom jornalístico/crítico ganha força, com um texto que ainda engatinhava, a partir do que se lia na imprensa especializada da época. Meu olhar crítico de hoje sabe que pouco se aproveita, além da questão emocional e nostálgica, mas ainda tenho os cadernos - não tive coragem de deixá-los pelo caminho.
1985, de fato, foi um ano decisivo na na minha formação: além dos textos sobre rock, foi o ano em que escrevi os primeiros poemas “a sério” e em que aprendi a tocar o violão, companheiro de composições e jornadas.
Assim, quando as primeiras séries de biografias começaram a ganhar forma, lá pelo início dos anos 2000, ficou claro que seria fundamental voltar ao tema rock. Como em todo o projeto, fechar a lista de nomes é sempre uma batalha e, eventualmente, há substituições com o passar dos anos. No caso de LENDAS DO ROCK, algumas premissas foram estabelecidas: a relevância do artista no cenário do rock; a inclusão não apenas de vocalistas e guitarristas, que têm naturalmente mais visibilidade, como também de baixistas, tecladistas e bateristas; e que esses artistas fizessem parte dos álbuns escritos em 1985, uma recordação de um tempo especial – uma espécie de cápsula do tempo.
Inicialmente, a série LENDAS DO ROCK está programada para conter 50 nomes. Haverá, ainda, cinco perfis bônus, com artistas relevantes que só surgiram no cenário mundial depois que aqueles álbuns de 1985 foram escritos, um necessário “upgrade”. E não estranhe a ausência de nomes brasileiros: estou produzindo outra série com roqueiros que marcaram época no Brasil.
A série LENDAS DO ROCK vai ser publicada no site, provavelmente sem grande regularidade, ao sabor da produção dos textos e do espaço na agenda. Deixo aqui a lista com os nomes e links para os textos que tiverem sido publicados. Deixem seus comentários e long live rock and roll!
Comecei a reunir, neste ano, alguns perfis de personalidades históricas e atuais de Itaboraí, Tanguá e municípios da região que escrevi ao longo de minha carreira na imprensa ou para outros fins, como o meu trabalho atual na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres. São textos produzidos ao sabor do tempo e das pautas que surgem e, até por isso, quando necessário vou deixar registrado o motivo, a ocasião e o local para o qual foram escritos.
Minha carreira se passou quase que totalmente nessas cidades - à exceção de meus primeiros dois anos, em Niterói. Também na condição de residente na região, em um bairro limítrofe entre Itaboraí e Tanguá, muito da minha rotina está ligada a essas cidades.
Para dar início oficial a esta nova coletânea no site, publico hoje, dia de São João Batista - padroeiro de Itaboraí - o perfil do ator, diretor e produtor teatral Zeca Palácio, meu parceiro em diversos projetos e grande amigo pessoal que o teatro me trouxe. Zeca, infelizmente, faleceu há exatos três anos, em 24 de junho de 2020. Deixo aqui, mais uma vez, minhas homenagens a ele, por tudo que fez e pelo seu legado.
Para definir melhor do que se trata cada perfil, preferi separar esse projeto, em particular, em duas séries - uma voltada para os vultos históricos e outra para contemporâneos (alguns que, infelizmente, já se foram e outros que ainda estão por aqui, produzindo e trabalhando).
Como geralmente acontece, a maior parte deles tem, ou teve, alguma atividade cultural relevante, mas entre os vultos históricos há políticos decisivos como Joaquim José Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí, e Alberto de Seixas Martins Torres.
Alguns desses textos já estavam publicados aqui no site, e passaram por uma revisão, além de receberem nova identidade visual.
Enfim, a cada nova publicação deste pequeno projeto que se pretende permanecer eternamente em aberto, vou listar neste post o link para os novos textos. Espero que gostem e que a leitura aguce a curiosidade a conhecer essa região do Estado do Rio - reconhecida por sua arte oleira, pela laranja mais doce do país e pelo patrimônio histórico que remonta ao século XVI.
Em tempo: a foto que ilustra este post faz parte do livro INSTANTÂNEOS DO PASSADO, produzido pela Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, com fotografias de Itaboraí e Tanguá produzidas no início da década de 1990 pelos fotógrafos Marlus Suhet, Márcio Soares e Ronaldo Soares. O livro, do qual participei fazendo os textos de apresentação e os pequenos perfis dos fotógrafos, está disponível para download gratuito aqui no site pelo link https://williammendonca.com.br/ebook.php?idt=4064112.
(1) VULTOS HISTÓRICOS
Alberto Torres
Heloísa Alberto Torres
João Caetano
Maria Alberto Torres
(2) CONTEMPORÂNEOS
Marlus Suhet
Paulinho Rezende
Sérgio Espírito Santo
Zeca Palácio
Começo a publicar hoje no site alguns perfis biográficos que são, na verdade, homenagens a pessoas que me inspiraram, através dos personagens que encarnaram na longa franquia se TV, cinema e afins STAR TREK. É algo que estou produzindo sem pressa, de acordo com algumas questões mais emocionais e pessoais do que objetivas do ponto de vista jornalístico.
Estreio, quase de forma inevitável, com o perfil de Leonard Nimoy, que viveu por mais de 50 anos em várias fases o personagem mais marcante da franquia - o oficial de ciências vulcano Sr. Spock. Desde o piloto da série, entitulado "The Cage", produzido em 1964, Nimoy se entregou a construir Spock, dando a ele características que suplantaram roteiros e direção. Foi fundamental para a criação da cultura do planeta Vulcano, algo indissociável do sucesso da série.
Mas aparecerão por aqui outros nomes, em duas séries planejadas e em produção - uma para os primeiros quarenta anos da franquia e outra até os dias de hoje, a partir do reboot nos cinemas com a chamada Kelvin Timeline e novas séries. Ainda em junho, publicarei os perfis de outros atores da série clássica que, infelizmente, já faleceram: Nichelle Nichols (a oficial de comunicações Uhura), James Dooham (o engenheiro Scotty) e DeForest Kelley (o médico Dr. McCoy). Além deles, o perfil de William Shatner que viveu o capitão James T. Kirk.
O fenômeno de mídia, que atrai até hoje uma legião de fãs, que se reúnem em convenções super concorridas ao redor do mundo, reverberou em gerações de novos cientistas e novos escritores, abriu portas em questões raciais e no feminismo, provocou o mundo que vivia em guerra mostrando uma sociedade pacífica na terra (inclusive com um tripulante russo na Enterprise durante a Guerra Fria).
Hoje, mais viva do que nunca, Star Trek aborda decisivamente questões éticas para um novo tempo e também a inclusão LGBTQIAPN+ em novas séries. Certamente, Star Trek é para mim uma paixão de infância e, diferente do que acontece com muitas paixões de nosso tempo de inocência, ela nunca me decepcionou.
Vou disponibilizar neste post os links para os perfis, à medida em que eles forem publicados no site. Fiquem ligados! Vem mais por aí.
Neste fim de semana prolongado, estou aproveitando para retomar a publicação no site de perfis biográficos, especialmente alguns que escrevi recentemente para complementar as séries que tenho produzido há vários anos. Iniciei com o perfil sobre o grande ator PROCÓPIO FERREIRA. A ideia é publicar um perfil por dia em junho.
Até o final deste mês, vou completar (somando-se os novos perfis aos antigos que já foram publicados no site) 30 perfis de "Histórias de Poetas" e 30 de "Gente de Teatro", e também a 10 perfis de "Feras dos Quadrinhos" e 10 de "Escritores de Sci-fi, Fantasia e afins".
As duas séries mais adiantadas estão sendo finalizadas, com a produção de textos complementares e de linhas do tempo que englobam os personagens abordados. No site, individualmente, serão publicados esses 30. Os perfis restantes serão incluídos em livros, que pretendo disponibilizar no site em formato de e-book.
Já tenho outras séries em produção, que começarão a surgir aqui no site neste mês. Contar essas histórias - sempre abordando pessoas que fizeram algo especial em suas áreas - é algo que ainda me empolga. Faço isso há vários anos, durante toda a minha trajetória como jornalista, e sempre foram os textos que mais gostei de escrever. Por isso, eles estão aqui, onde compartilho com leitores novos e antigos um pouco da minha produção.
Deixo aqui os links para os índices e apresentações das séries que estão sendo publicadas. Os índices são atualizados sempre que um novo perfil é publicado. Não deixe de acompanhar e conhecer um pouco mais sobre esses personagens super interessantes.