William Mendonça
POESIA, PROSA, MÚSICA E TEATRO
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Meu Diário
28/11/2023 14h00
A ALEGRIA DOS SARAUS INTERNACIONAIS

Durante o mês de novembro, tive a alegria de participar de dois eventos internacionais, graças ao Sarau (Uni)versos Livres, do incansável amigo poeta Pedro Garrido. Pela mobilização dele, integrei as edições on-line do sarau dentro das feiras literárias internacionais do Equador, no dia 08, e do Peru, no dia 27, falando (e até cantando) poesia em língua portuguesa para os amigos desses dois países tão interessantes.
A experiência foi inteiramente nova em meus já longos anos falando poesia. Ainda que eu já tenha até mesmo sido o anfitrião das lives da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em que entrevistei e troquei ideias com palestrantes e convidados, tenho que confessar que as plataformas virtuais para esses eventos não me são muito convidativas. Gosto do contato presencial com o público e com os outros poetas / artistas que participam.
Então, participar desses saraus foi um desafio e algo, no final, muito gratificante. Depois de longos anos, desde a segunda montagem da minha peça "A Voz que Clama no Deserto", voltei a cantar uma de minhas músicas em público - ainda que de forma virtual - no sarau do Peru. No primeiro, para o público equatoriano, quase não houve tempo para minha entrada, mas Pedro Garrido, artista que defende o espaço dos colegas artistas, acabou garantindo mais alguns minutos junto à organização para que eu falasse três sonetos do meu novo livro, que está pra chegar.
Sou grato aos organizadores dessas feiras internacionais, que percebem o valor de abrir espaço para escritores do Brasil. Grato também a Lígia Carvalho, verdadeira embaixadora dos escritores brasileiros junto a essas feiras. E, é claro, gratíssimo a Pedro Garrido, pela parceria que permitiu levarmos o Sarau (Uni)versos Livres uma vez por mês ao espaço da Casa de Cultura (o próximo será no dia 16 de dezembro), assim como pelo incentivo à participação nesses eventos internacionais.
No fim, é tudo um processo, que parte da descoberta da escrita para a apresentação a outro da forma mais corajosa possível - revelando-se, expondo-se - com um microfone na mão ou um aplicativo pela internet. É uma alegria participar disso tudo.

 

Publicado por William Mendonça
em 28/11/2023 às 14h00
 
31/10/2023 14h00
DO POVO POR LIBERDADE

Em virtude do lançamento próximo do meu livro "Oração", decidi alterar o título de um dos meus sonetos que farão parte da publicação. Inicialmente chamado "Oração do Povo Brasileiro", publicado aqui no site em 27 de julho de 2021, passou a se chamar "Oração do Povo por Liberdade". Ainda que diga respeito a questões muito caras ao povo de nosso país, creio que o poema possa ter mais abrangência quando o valor que ele defende - a Liberdade - esteja no título.
Na edição do livro, o título anterior, que também daria nome a uma das partes de "Oração", me pareceu excludente e limitante. Porque, na verdade, os poemas desta parte se referiam mais a valores fundamentais do que sobre o país - mesmo abordando fatos e momentos que permeiam a história brasileira. É nesta parte que se encontram poemas combativos, de protesto, escritos sob o signo da indignação e, muitas vezes, da mais absoluta revolta. Não vão agradar a todos os públicos, mas não têm esssa intenção.
Costumo agrupar meus sonetos. Eu os publico, geralmente, separados dos outros poemas. Em "Oração", pela primeira vez, criei um livro de sonetos como uma peça de teatro em três atos, partindo da constatação de que eu nunca soube orar, daquela forma emocionada e íntima que traz alívio ou algum auto-entendimento. No primeiro Ato, falo sobre as questões sociais, com o foco na Liberdade. No segundo, sobre questões filosóficas, a solidão e o auto-conhecimento. E no terceiro, sobre o Amor -  não apenas o amor pela minha companheira da vida, Virgínia, mas também por meus filhos, meus amigos, pela natureza, e outras coisas. Vários desses sonetos já estão disponíveis no site, publicados individualmente.

A quem destino essas orações tortas? Ao que acredito, mas também ao desconhecido, ao infinito, à minha própria consciência, a meus companheiros e luta e de existência. Manifesto minha voz em versos, na intenção de orar do mais profundo eu para o universo. Certamente, essa força criadora que nos move saberá relevar os excessos da expressão de um poeta, que tantas vezes é mais agressivo, dramático ou depressivo do que deveria, mas que se esforça para nunca deixar de ser sincero. Orações tortas que são nada mais do que uma tentativa, como sempre.

Publicado por William Mendonça
em 31/10/2023 às 14h00
 
26/10/2023 18h00
UMA INESPERADA PARTICIPAÇÃO NA CBN

Um dos últimos episódios da série CBN da Minha Vida, espécie de podcast feito pela Rádio CBN para marcar a passagem dos seus 32 anos de criação, teve a minha participação. Ouvinte de rádio desde o berço, sou também ouvinte da CBN desde 1991 - ainda que, no início, tenha ficado bastante chateado porque a nova emissora ocupou as frequências de duas das únicas rádios só de música no AM, a Eldorado (1180 AM) e a Mundial (860 AM).
Fonte de notícias e com análises críticas de diversos jornalistas de primeira linha, a CBN auxiliou em meu trabalho jornalístico, em vários períodos. Lembro da famosa "rádio-escuta" para O ITABORAHYENSE, no breve, mas saudoso período em que o centenário jornal circulou diariamente, em 1993. Duas décadas mais tarde, em 2013, o desafio de implantar o projeto para outro jornal diário (o JORNAL ITABORAÍ / DIÁRIO DO LESTE) contou com aquela análise do que se fazia na CBN. Até mesmo o Manual de Redação da emissora auxiliou no processo. Foram seis anos em que ouvir a rádio me ajudou, diariamente.
No episódio que foi ao ar no dia 26/10, e que ainda pode ser ouvido no site da CBN, falo sobre o mais recente acontecimento em que a capacidade de cobertura da rádio me surpreendeu: o fatídico dia 8 de janeiro de 2023, com a espiral de violência que levou à vandalização dos prédios-sede do Judiciário, do Legislativo e do Executivo, em Brasília. Eu estava ouvindo a rádio, em um domingo sem esportes, quando percebi claramente que o tom da cobertura tinha mudado. A apresentadora Nadedja Calado se desdobrou por seis horas, encarando certamente a maior e mais inesperada missão de sua carreira até ali.
À noite, já sob apresentação de Marcella Lourenzetto, até mesmo o apresentador e comentarista de política Carlos Andreazza, que tinha entrado de férias naquele fim de semana, surgiu ao vivo, falando já de seu destino de viagem sobre o que ocorria. Repórteres se espremiam no meio da turba que nunca tem muita simpatia pelos jornalistas (sei bem disso, acreditem). Eu, que sempre quis fazer rádio mas tive minha carreira inteira no jornalismo impresso, pensei cá com meus botões: é bom ser ouvinte, mas se eu ainda fosse repórter ...
Enfim, fica aqui a minha singela homenagem aos meus colegas de profissão que fazem do rádio um veículo de comunicação que, constantemente, se reinventa. E registra a História no momento exato em que ela acontece.

 

Em tempo: volto a essa postagem no dia 06/11, quando soube da notícia da demissão de Carlos Andreazza da CBN, em mais um dos "cortes" que o Grupo Globo se notabilizou em fazer. Justo Andreazza, o personagem que lembrei neste podcast por interromper as férias porque um fato exigia sua presença enquanto jornalista.

Nessas demissões que surgem do nada, há uma grande falta de respeito com o público e, obviamente, com o profissional, que luta diariamente para fazer seu trabalho e performar bem na audiência. No jornalismo, a cada dia que passa, menos gente (e cada vez mais jovens) faz o trabalho nas redações e microfones. Talvez não percebam os CEOs e gestores que, na verdade, pagam muito pouco, mas muito pouco mesmo, pela capacidade de trabalho e pela experiência de um bom jornalista. Saem perdendo a CBN e nós, seus ouvintes.

Ao Andreazza, os meus sinceros votos de muito sucesso em sua trajetória.

 

Publicado por William Mendonça
em 26/10/2023 às 18h00
 
12/10/2023 22h00
MESTRES DA ARTE

Eles criaram obras e conceitos que 
apontaram caminhos para arte

 

Além das séries de perfis biográficos que já estão sendo publicadas no site, há outras duas que estão em produção e que iniciei, neste mês, a apresentar aos leitores. A primeira delas é MESTRES DA ARTE, um passeio pelos principais nomes das artes plásticas no mundo, que é voltada especialmente para aqueles que apontaram caminhos e que, sob vários aspectos, deixaram obras definitivas. Aproveito mais um feriadão para iniciar a publicação por aqui.

Ainda que em meu trabalho jornalístico na área cultural eu tenha escrito, diversas vezes, sobre artes plásticas, obviamente não me considero um especialista no tema. Para garantir que os perfis tenham conteúdo e gerem no leitor a vontade de se aprofundar na vida e obras dos retratados, foi necessário me cercar de fontes e ter o olhar atento para aquilo que provoca emoção no público.

Assim como nas outras séries, a previsão é de chegar a 50 perfis, entre os grandes nomes desde a antiguidade até o pós-modernismo, além de cinco perfis bônus que, a princípio, tratarão mais especificamente de escultores. Há, também, nomes brasileiros e não há a pretensão de esgotar o tema ou produzir uma lista “definitiva” de nomes. 

A série MESTRES DA ARTE vai ser publicada no site, assim como outras que já surgiram por aqui, provavelmente sem grande regularidade, ao sabor da produção dos textos e do espaço na agenda. A reprodução dos textos é autorizada, desde que citada a fonte e a autoria. Um dia pretendo reunir os perfis dessa série em livro mas, digamos, há pelo menos outros seis livros mais adiantados, em produção. Paciência é tudo neste trabalho.

Deixo abaixo a lista com os nomes e links para os textos que tiverem sido publicados. Comente e compartilhe!

 

Andy Warhol

Frida Kahlo

Jan Vermeer

Laura Wheeler Waring

Paul Cézanne
 

Publicado por William Mendonça
em 12/10/2023 às 22h00
 
07/10/2023 12h00
DUAS CONFERÊNCIAS DE CULTURA

Por trabalhar em Itaboraí e ser morador da cidade vizinha de Tanguá - cidades em que realizei grande parte de meu trabalho artístico e jornalístico ao longo de mais de três décadas - acabei sendo agraciado com a oportunidade de participar das conferências de Cultura dos dois municípios. No caso de Itaboraí, como membro da equipe da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, faço parte do Conselho Municipal de Cultura. Em Tanguá, meu olhar é como artista local e jornalista, que torce para o sucesso e ampliação das ações culturais no município.
A Conferência Municipal de Cultura de Itaboraí aconteceu no dia 05 de outubro, na sede do Esporte Clube Comercial, no centro da cidade. Na ocasião, foram levantadas propostas para apresentação ao município, ao estado e ao governo federal, que beneficiem os artistas do município nos diversos eixos propostos - que iam desde o patrimônio histórico a diversidade e economia criativa.
Foram eleitos na conferência os delegados para a Conferência Estadual de Cultural, que irá acontecer no início de novembro. Dez delegados titulares e dez suplentes da sociedade civil, além de cinco delegados titulares do poder público e cinco suplentes. Acabei sendo eleito suplente do meu companheiro de Casa de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura, o ator Gabriel Mattos.
No dia seguinte, 06 de outubro, foi a vez da Conferência Municipal de Cultura de Tanguá, que aconteceu no agradável espaço do Teatro Ana Maria Gac, no centro. Estiveram presentes o prefeito Rodrigo Medeiros, o vice André Paixão, além de representantes do Legislativo e grande número de fazedores de Cultura. Diferente de Itaboraí, Tanguá optou pelo modelo de realizar pré-conferências, na semana anterior, em que foram discutidas previamente as propostas apresentadas na conferência.
Em Tanguá também foram eleitos os delegados para a Conferência Estadual de Cultura, entre eles a parceira da vida toda Virgínia (Nina) Gomes, representando o ativo grupo do artesanato da cidade, que se destaca pela mobilização e visibilidade na cidade. A Feira de Artesanato de Tanguá, cuja visitação integra o prestigiado Circuito da Laranja, é um sucesso graças ao trabalho e abnegação desses artistas.
Esperando a chegada dos recursos da Lei Paulo Gustavo e da Lei Aldir Blanc II, torço para que a vida dos fazedores de cultura tanto em Itaboraí quanto em Tanguá se torne um pouco mais fácil. 

 

Publicado por William Mendonça
em 07/10/2023 às 12h00
Página 4 de 26
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 »