William Mendonça
POESIA, PROSA, MÚSICA E TEATRO
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Meu Diário
25/12/2023 00h00
REENCONTRANDO UM VELHO AMIGO

2023 reservou algumas boas surpresas e reencontros, mas eu queria destacar um em especial: rever, depois de três décadas, o cartunista Dan. 


Primeiro, vamos a uma apresentação desse cara especial:

Daniel Souza da Silva, o Dan, é morador da Engenhoca, em Niterói. Nasceu na comunidade da Coronel Leôncio e sempre estudou em escolas públicas. Sua carreira começou desenhando para o jornal A Tribuna de Niterói, quando tinha apenas 16 anos. 
Passou também pelos jornais O Dia, Meia Hora, Jornal do Brasil, O Fluminense, O São Gonçalo, Expresso, Extra e ilustrou várias revistas, Balaio (jornalista Tetê Bittencourt), Só Funk (DJ Marlboro), O Prelo (Imprensa Oficial), Ensine Cantando (Editora Andorinhas).
A história de sucesso de Dan inspira as crianças que participam de seu projeto social. Com oficina de desenho para crianças carentes em Niterói, o projeto "Desenhando o Futuro" tem a intenção de incentivá-las e a desenvolverem o talento que existe dentro de cada uma. 


Então, completando o primeiro parágrafo dessa postagem, eu tive a oportunidade de retomar o contato e rever Dan, esse amigo que conheci no meu primeiro estágio / emprego na imprensa, em novembro de 1988, no jornal A Tribuna, em Niterói. Quando eu cheguei, Dan já estava lá. Era mais jovem do que eu. Paginador e montador do jornal, ele se destacava por duas características: o bom humor e o talento para o desenho. Com canetas bic comuns ele dava vida, e graça, a personagens da política nacional, estadual e de Niterói nas páginas de A Tribuna e do Jornal de Icaraí, da mesma empresa.
Quando saí daquele emprego, em meados de 1990, perdi o contato com Dan. Era outra época, com poucos telefones e ainda sem celulares. Internet, nem pensar. De vez em quando, eu me deparava com trabalhos desse grande artista em outras publicações, como o jornal O São Gonçalo e o Jornal do Brasil, o que sempre me deixava feliz.
Neste ano, recebi a missão, pelo gestor da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, Alan Mota, de entrar em contato com um certo cartunista e fechar uma exposição. E tive a alegria de retomar o contato com esse grande camarada, que me atendeu como se não me visse desde ontem, como se a gente ainda trabalhasse junto e trocasse algumas ideias sobre a vida. O mesmo garoto boa gente, a mesma boa energia, só que mais de 30 anos depois.
Entre novembro e dezembro, Dan fez a exposição com 34 caricaturas surpreendentes, pelo nível técnico e pela emoção que transmitem. O trabalho já tinha passado por outros espaços, como o Teatro Municipal de São Gonçalo, e espero que siga por centros culturais ao redor do país. Tive o prazer de conhecer a família desse grande artista, que visitou em peso a exposição, e renovar os laços de amizade, com boas conversas e muitas risadas.
Em breve, um documentário vai contar a história desse cara especial. Tive também o prazer de gravar um depoimento, contando um pouco dessa história. De lembrança, em breve meu escritório vai receber a caricatura de Ayrton Senna, um dos meus grandes ídolos, com a assinatura de Dan - a mesma arte que foi capa do livro sobre as 41 vitórias do tricampeão de Fórmula 1. 

Aproveitando essas vibrações natalinas, do dia de hoje, gostaria que tudo de bom acontecesse para esse cara chamado Dan, porque as boas pessoas merecem o melhor.

 

(Na foto, Dan - ao centro, de camisa azul - com familiares e amigos na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres)

Publicado por William Mendonça
em 25/12/2023 às 00h00
 
06/12/2023 22h00
GÊNIOS DA MÚSICA

Uma viagem pela música clássica

através de seus grandes nomes

 

Produzir várias séries de perfis biográficos ao mesmo tempo tem seu lado ruim: há uma demora acentuada em se conseguir concluir cada uma delas. No momento, com pelo menos dez séries em produção, percebo que este é um problema que só será vencido com mais planejamento e ação. No entanto, o lado bom é poder me deparar com diversos assuntos e pessoas interessantes, que têm histórias e obras inspiradoras. Contar essas histórias é gratificante, bem como pesquisar sobre elas durante o processo.

Essa premissa é válida também para a série GÊNIOS DA MÚSICA, que traz um panorama da música clássica através de seus grandes nomes. Começo a publicação aqui neste mês de dezembro, aproveitando a iniciativa de postar um texto por dia no site neste mês. Mais do que escrever sobre esses personagens, tenho aproveitado a oportunidade para ouvi-los, me aprofundar em uma das minhas paixões mais antigas, a música erudita. Algo que vem da infância.

Lembro-me como se fosse hoje de ouvir os discos de vinil de Beethoven, Bach e Chopin, apenas para citar os que mais me marcaram, ainda criança. Minha mãe trabalhou em casas onde a música clássica circulava e era comum ver alguém regendo uma orquestra imaginária, durante a audição de alguma sinfonia. Eu, que morei nessas casas e que sempre acompanhei minha mãe em seu trabalho, ficava fascinado com os sons dos instrumentos, muitos dos quais só fui conhecer na adolescência.

Também tive o prazer de ter aulas de educação artística, já no final do ensino fundamental, em um livro sobre música, que trazia as primeiras noções sobre as herméticas partituras e sobre a formação da orquestra, além de pequenos perfis dos grandes autores. Procuro esse livro até hoje, sem encontrar, pois não me recordo o nome. Uma falha terrível na minha biblioteca.

Com GÊNIOS DA MÚSICA tento reviver um pouco dessa atmosfera de encantamento, e reviver momentos de felicidade ao som de músicas imortais que têm tanto ainda a ser descoberto, mesmo depois de séculos de audições. Recomendo que você, após a leitura de algum desses perfis, escute o que eles fizeram de melhor. E escute de novo. São viagens que não têm fim.

Segue, abaixo, a lista dos nomes da série GÊNIOS DA MÚSICA já publicados aqui no site. Leia, comente e compartilhe.

 

Georg F. Handel

Giuseppe Verdi

Johannes Brahms

Ludwig Van Beethoven

Publicado por William Mendonça
em 06/12/2023 às 22h00
 
01/12/2023 14h00
PUBLICAÇÕES DIÁRIAS EM DEZEMBRO

Dezembro começando e decidi, meio sem motivo, publicar um texto por dia aqui no site. Fiz algo parecido em junho, aproveitando a grande produção de perfis biográficos no primeiro semestre, mas agora espero poder variar mais os gêneros literários. Poemas de versos livres, sonetos, crônicas, biografias, cenas de teatro - um pouco de cada coisa.
Eu ainda pretendia publicar novos e-books, um em cada quinta-feira de dezembro, para assim renovar o acervo para os visitantes. Porém, falhei miseravelmente na revisão dos livros, então vai ficar para janeiro.
A partir da minha participação no Sarau (Uni)versos Livres, do incansável poeta Pedro Garrido, que têm acontecido na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, e também virtualmente em feiras literárias internacionais, mais gente tem conhecido o meu trabalho e, de vez em quando, pinta por aqui, em busca de novidades.
Mesmo sem cumprir o cronograma da finalização dos e-books, quanto aos textos diários no site a missão está garantida: tem muita coisa engavetada precisando ganhar a luz do dia, os olhos e os corações dos leitores. Aproveito a ideia para chegar, neste mês, a 400 textos publicados no site (faltam 25). Já estou pensando em transformar esse dezembro de publicações uma tradição no site, para comemorar o meu aniversário. Vamos ver o que nos reserva 2024.

Comente e compartilhe. Eu agradeço.

Publicado por William Mendonça
em 01/12/2023 às 14h00
 
28/11/2023 14h00
A ALEGRIA DOS SARAUS INTERNACIONAIS

Durante o mês de novembro, tive a alegria de participar de dois eventos internacionais, graças ao Sarau (Uni)versos Livres, do incansável amigo poeta Pedro Garrido. Pela mobilização dele, integrei as edições on-line do sarau dentro das feiras literárias internacionais do Equador, no dia 08, e do Peru, no dia 27, falando (e até cantando) poesia em língua portuguesa para os amigos desses dois países tão interessantes.
A experiência foi inteiramente nova em meus já longos anos falando poesia. Ainda que eu já tenha até mesmo sido o anfitrião das lives da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em que entrevistei e troquei ideias com palestrantes e convidados, tenho que confessar que as plataformas virtuais para esses eventos não me são muito convidativas. Gosto do contato presencial com o público e com os outros poetas / artistas que participam.
Então, participar desses saraus foi um desafio e algo, no final, muito gratificante. Depois de longos anos, desde a segunda montagem da minha peça "A Voz que Clama no Deserto", voltei a cantar uma de minhas músicas em público - ainda que de forma virtual - no sarau do Peru. No primeiro, para o público equatoriano, quase não houve tempo para minha entrada, mas Pedro Garrido, artista que defende o espaço dos colegas artistas, acabou garantindo mais alguns minutos junto à organização para que eu falasse três sonetos do meu novo livro, que está pra chegar.
Sou grato aos organizadores dessas feiras internacionais, que percebem o valor de abrir espaço para escritores do Brasil. Grato também a Lígia Carvalho, verdadeira embaixadora dos escritores brasileiros junto a essas feiras. E, é claro, gratíssimo a Pedro Garrido, pela parceria que permitiu levarmos o Sarau (Uni)versos Livres uma vez por mês ao espaço da Casa de Cultura (o próximo será no dia 16 de dezembro), assim como pelo incentivo à participação nesses eventos internacionais.
No fim, é tudo um processo, que parte da descoberta da escrita para a apresentação a outro da forma mais corajosa possível - revelando-se, expondo-se - com um microfone na mão ou um aplicativo pela internet. É uma alegria participar disso tudo.

 

Publicado por William Mendonça
em 28/11/2023 às 14h00
 
31/10/2023 14h00
DO POVO POR LIBERDADE

Em virtude do lançamento próximo do meu livro "Oração", decidi alterar o título de um dos meus sonetos que farão parte da publicação. Inicialmente chamado "Oração do Povo Brasileiro", publicado aqui no site em 27 de julho de 2021, passou a se chamar "Oração do Povo por Liberdade". Ainda que diga respeito a questões muito caras ao povo de nosso país, creio que o poema possa ter mais abrangência quando o valor que ele defende - a Liberdade - esteja no título.
Na edição do livro, o título anterior, que também daria nome a uma das partes de "Oração", me pareceu excludente e limitante. Porque, na verdade, os poemas desta parte se referiam mais a valores fundamentais do que sobre o país - mesmo abordando fatos e momentos que permeiam a história brasileira. É nesta parte que se encontram poemas combativos, de protesto, escritos sob o signo da indignação e, muitas vezes, da mais absoluta revolta. Não vão agradar a todos os públicos, mas não têm esssa intenção.
Costumo agrupar meus sonetos. Eu os publico, geralmente, separados dos outros poemas. Em "Oração", pela primeira vez, criei um livro de sonetos como uma peça de teatro em três atos, partindo da constatação de que eu nunca soube orar, daquela forma emocionada e íntima que traz alívio ou algum auto-entendimento. No primeiro Ato, falo sobre as questões sociais, com o foco na Liberdade. No segundo, sobre questões filosóficas, a solidão e o auto-conhecimento. E no terceiro, sobre o Amor -  não apenas o amor pela minha companheira da vida, Virgínia, mas também por meus filhos, meus amigos, pela natureza, e outras coisas. Vários desses sonetos já estão disponíveis no site, publicados individualmente.

A quem destino essas orações tortas? Ao que acredito, mas também ao desconhecido, ao infinito, à minha própria consciência, a meus companheiros e luta e de existência. Manifesto minha voz em versos, na intenção de orar do mais profundo eu para o universo. Certamente, essa força criadora que nos move saberá relevar os excessos da expressão de um poeta, que tantas vezes é mais agressivo, dramático ou depressivo do que deveria, mas que se esforça para nunca deixar de ser sincero. Orações tortas que são nada mais do que uma tentativa, como sempre.

Publicado por William Mendonça
em 31/10/2023 às 14h00
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